"Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha…
Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta."
Autora: Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Classificação: 4/5 ♥
Formato da leitura: Físico

Simplesmente Ana fala sobre uma garota de 20 anos, estudante de Direito e que mora com sua mãe Olívia em Belo Horizonte. Ana cresceu ouvindo a estória sobre como seu pai abandonara sua mãe ao descobrir sua gravidez.

No entanto, quando Andrej Markov lhe envia uma mensagem em seu Facebook alegando ser seu pai, tudo o que Ana consegue pensar é que tudo não deveria passar de uma piada. Com o tempo, ela descobre que seu pai nunca soube da gravidez, pois sua mãe teve medo de lhe contar... Não apenas por serem jovens, mas pelo fato de que Andrej era o herdeiro do trono da Krósvia.

E então, a vida de Ana vira de cabeça para baixo ao saber que tem um pai e, além disso, ser uma princesa. Como se não bastasse, seu pai a convida a passar uma temporada na Krósvia, deixando aqui sua faculdade, seus amigos e um quase namorado.
"- É que não estou preparada para mudar minha vida assim, [...] Hoje estou aqui, sentada com você, tomando um suco de manga de caixinha, completamente anônima e dona do meu próprio nariz. Se amanhã eu for para a Krósvia, não vou ter controle de mais nada. Vou ser vigiada e controlada o tempo todo, coisa que nunca fui, nem mesmo pela minha mãe, você sabe."
Ao chegar no país europeu, ela logo se encanta com as belezas naturais do país, sua hospitalidade e pelas pessoas. Ana passa seu tempo no castelo na companhia de Irina, sua "babá" e assessora real, Karenina, a cozinheira, e o enteado de seu pai, Alexander.

A principio, ele parece odiá-la e o sentimento é recíproco. Para alegrar seu pai, os dois tentam superar suas diferenças e passar um tempo de qualidade juntos, e logo o que era ódio acaba por se transformar em amizade e então para algo mais apaixonado.

Porém, nem tudo na vida de uma princesa é um mar de rosas, como Ana logo descobre. Após ser formalmente apresentada como princesa da Krósvia, ela começa a ser seguida por paparazzis onde quer que vá e descobre que Alex lhe escondeu o fato de possuir uma namorada... Será que nossa princesa moderna encontrará seu felizes para sempre?

Eu amei a leitura deste livro! Marina tem uma escrita fluída e envolvente e logo fui capturada por esta estória nas primeiras páginas. Eu amei acompanhar a aventura de Ana pela Krósvia, o desenvolvimento do relacionamento pai e filha que ela nunca conhecera, e suas desventuras e desencontros com Alex.

Ana é uma jovem inteligente, alegre, sonhadora e amorosa. Podemos perceber seu amadurecimento durante a leitura, por todas as situações que ela passa e enfrenta de cabeça erguida.

Já Alex é super autoconfiante, tem um espírito aventureiro, um jeito misterioso e a aparência do Danny do filme Pearl Habor (2001). Ele entrou para o hall de mocinhos favoritos, apesar das suas atitudes que magoaram a Ana e a todas as leitoras durante a leitura por conta de sua namorada oculta.

Este é um chick-lit genuinamente brasileiro, amei as diversas referências à nossa cultura no desenrolar desta estória. Se você curte estórias divertidas, que fazem você rir, chorar e suspirar, este livro é para você!

"Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje. No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe.
Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel uma aristocrata dos anos 1920 irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall. Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, afim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury."

Autora: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 574
Classificação: 4/5
Formato da leitura: Físico

A estória se inicia no ano 2001 com o aniversário de Anahita Chaval, na Índia, onde durante uma conversa em particular com Ari Malik, seu bisneto, ela lhe entrega uma carta com muitas páginas contendo sua estória de vida. Anahita entrega esse tesouro à Ari pois acredita que ele poderá descobrir o paradeiro de seu filho perdido.

Esse filho morreu há anos, mas Anahita acredita piamente que a certidão de óbito que recebeu a tantas décadas é falsa, apesar de todos ao seu redor acreditarem que ela era maluca por não aceitar a morte de seu filho.

Após alguns capítulos, já no ano de 2011, conhecemos Rebecca Bradley, uma atriz americana que para fugir dos holofotes e da pressão para aceitar se casar com seu namorado famoso e rico, porém com problemas com drogas e bebidas, viaja para a Inglaterra para gravar um novo filme.

O filme será gravado em Astbury Hall e Rebecca acaba se hospedando no local e fica desconcertada com o fato de que ela se parece e muito com Violet, a avó do atual herdeiro de Astbury, Anthony. Violet também fora uma americana jovem e bela de fama e riqueza.

Em outro continente, Ari, após dez anos sem mexer na carta de sua avó, finalmente decide ler sua história e viajar até Astbury Hall e conversar com Anthony sobre a relação familiar de Anahita com os Astbury, para então conseguir descobrir sobre o filho perdido dela. Anthony a princípio, não quer ajudar Ari, pois pensa que ele está interessado na renda dos Astbury. Uma renda que, após a morte de seu avó Donald, apenas diminuiu.

Décadas antes, Anahita, após a morte de seu pai, vai morar com sua mãe no Palácio da Lua em Jaipur. Após algum tempo ela se torna amiga de Indira, uma princesa que sonhava em ser domadora de tigres e encontrar o amor verdadeiro. Porém, na Índia a cultura dos casamentos arranjados é muito enraizada, perincipalmente entre principados.

Indira e Anahita vão à Inglaterra estudar em um colégio interno e passam uma temporada em Astbury Hall e lá Anahita conhece Donald e imediatamente uma amizade se estabelece entre os dois. É interessante notar o choque cultural que as duas meninas indianas experimentam na Inglaterra, onde ainda havia preconceito racial.

Como todo o livro de Lucinda Riley, somos levados a viajar para o passado e presente, e de quebra conhecemos outras culturas. O livro mostra muito sobre a cultura indiana e sobre as belezas da arquitetura, culinária e moda da Índia.

Eu amei a escrita de Lucinda e a maneira de como ela desenvolveu esta estória, mostrando tanto sobre a cultura indiana como a aristocracia inglesa. Os personagens principais são bem construídos e o mistério que permeia o livro nos impele a continuar a leitura e devorar suas mais de 500 páginas a fim de descobrir o desfecho desta estória.

Recomendo este livro para todos que apreciem um romance histórico que atravesse gerações, e também para quem goste de aprender mais sobre outras culturas, como a indiana.

“A Garota do Penhasco é um romance que enreda o leitor através de vários fios: a história de Grania Ryan e sua querida Aurora Devonshire, a garota do penhasco, nos fala sobre mudança de vida. A história das famílias Ryan e Lisle é um lindo conto sobre um século de mal-entendidos e rancor entre inimigos que se acreditam enganados por falcatruas financeiras.
O caso de amor entre Grania Ryan e Lawrence Lisle comove por sua delicadeza e força vertiginosa que culmina em imensa tristeza. Mas, sobretudo, A Garota do Penhasco é um livro que mostra como é possível encontrar uma finalidade, um propósito, quando todas as esperanças parecem perdidas.”


Autora: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 528
Classificação: 5/5
Formato da Leitura: Físico

 Antes de começar a resenhar este livro maravilhoso, gostaria de ressaltar que houve um pequeno erro na sinopse: Grania e Lawrence não possuem um romance, pois pertencem á diferentes gerações. Acredito que tenha sido um erro da gráfica, ao qual confundiu o nome de um dos personagens.

 O livro começa nos apresentando a protagonista Grania Ryan em um momento de profundas mudanças. Ela esconde um segredo, um segredo que a levou á atravessar o Atlântico e voltar a morar com os pais na Irlanda temporariamente. Sua mãe, Kathleen Ryan, a instiga a revelar o que realmente aconteceu, porém Grania está relutante em revelar algo que a feriu em Nova York. Seu namorado, Matt, constantemente procura entrar em contato, porém Grania ignora os e-mails e telefonemas do rapaz, que não possui a menor ideia do motivo de Grania o evitar.

 Em uma tarde, caminhando pelas redondezas da cidade, Grania vê uma garota no penhasco. A garota lhe parece tão solitária e madura... Grania procura saber com sua mãe quem é a garotinha misteriosa. Sua mãe lhe revela que se trata de uma garota Lisle, que perdeu a mãe quando possuía apenas quatro anos e recomenda que mantenha distância deles. Grania não compreende o rancor que sua mãe nutre pela família da garota e ignorando os avisos da mãe acaba se aproximando da menina.

 Cada vez mais ela se aproxima de Aurora Devonshire e vice-versa. Grania então conhece o pai da menina, Alexander Devonshire, e se sente cada vez mais afeiçoada à aquelas duas pessoas.

 Com a inevitável proximidade da filha com os Lisle, Kathleen se sente obrigada a revelar os segredos que mantém as famílias separadas.  Então, o leitor embarca em uma viagem até o passado destas famílias que se uniram: Mary, bisavó de Grania, e o bebê ao qual ela teve a missão de cuidar, a futura bailarina Anna Langdon.

Passando pelos EUA, Irlanda e Rússia, pelas guerras e aos palcos, o livro é recheado de detalhes históricos, e de como esses fatores afetaram a vida de seus personagens.
 Esse livro foi a melhor leitura do ano. Foi meu primeiro livro da escritora Lucinda Riley, e descobri que ela possui uma escrita quase poética, carregada de sentimentos. O livro tem um tom melancólico, porém ele traz uma bela mensagem em suas mais de 500 páginas, algo que fica claro ao leitor, resumida nesta frase do livro, na página 206:
"E se havia uma coisa que havia aprendido com Sean, e de suas esperanças e sonhos com ele, era que tudo o que podia fazer era aproveitar o dia."
O livro aborda temas como família, traição, perdão, amor, mudanças, escolhas e superação. Recomendo a quem aprecia um belo romance histórico e esteja à procura de uma leitura que lhe faça refletir sobre o modo que "tratamos nossa vida."