Uma impressionante técnica de recuperação e clonagem de DNA de seres pré-históricos foi descoberta. Finalmente, uma das maiores fantasias da mente humana, algo que parecia impossível, tornou-se realidade. Agora, criaturas extintas há eras podem ser vistas de perto, para o fascínio e o encantamento do público. Até que algo sai do controle. Em Jurassic Park, escrito em 1990 por Michael Crichton, questões de bioética e a teoria do Caos funcionam como pano de fundo para uma trama de aventura e luta pela sobrevivência. O livro inspirou o filme homônimo de 1993, dirigido por Steven Spielberg, uma das maiores bilheterias do cinema de todos os tempos.



Autor: Michael Crichton
Editora: Aleph
Páginas: 528
Classificação: 4.5/5
Formato da leitura: Físico

Os paleontólogos Dr. GrantDra. Sattler, além do matemático Ian Malcolm são convidados à Isla Nublar, na Costa Rica, para visitar um empreendimento misterioso. O parque ainda não foi aberto ao público, e recentes problemas com advogados forçaram John Hammond a convidá-los para assegurar os investidores e advogados que o parque era seguro para abrir.

Os cientistas estao, na realidade, preocupados com realizacoes. Entao, estao concentrados em descobrir se podem fazer alguma coisa. Eles nunca param para se perguntar se eles deveriam fazer alguma coisa... Eles tem que deixar sua marca.
Ian Malcolm - p. 366/367

Dr. Grant passara sua vida estudando ossos de dinossauros em Montana, e esperava tudo, menos que o projeto misterioso de Hammond fosse de clonagem de dinossauros. Ele ainda não conseguia acreditar que eram reais, apesar que seus olhos lhe provassem o contrário. Por isso, os cientistas decidem obter respostas com o geneticista responsável pelas operações no parque: Dr. Wu.

Entretanto, diferente da reação esperada por Hammond, os cientistas convidados estão céticos, principalmente sobre a segurança do parque, sobre o controle e reprodução dos animais, entre outras questões.

Eles fazem parte de uma ecologia desaparecida, uma complexa rede de vida que se tornou extinta milhões de anos atrás. Eles podem não ter predadores no mundo contemporâneo, nenhum controle sobre seu crescimento. Não queremos que eles sobrevivam à solta. Eu os criei com uma dependência de lisina. [...] Esses animais são geneticamente desenhados para serem incapazes de sobreviver no mundo real. Só podem viver aqui, no Jurassic Park.
Dr. Wu - p. 156/157
Mas apesar da segurança do geneticista e de Hammond, de que não havia a possibilidade de animais escaparem, por conta do controle pelo computador de cada animal no parque, e da impossibilidade de reprodução dos dinossauros, pois os criaram fêmeas, tudo parece prestes a mudar, pois as evidências colocam em risco a sonhada abertura ao público.

Há relatos na ilha sobre ataques de animais misteriosos, e o Dr. Grant acaba se deparando com casca de um ovo que eclodiu no parque... E assim, eles acabam descobrindo uma grande falha no sistema de controle do parque. Tudo isso aliado a um agente infiltrado e a uma tempestade tropical.

Esse estegossauro tem 100 milhões de anos. Não está adaptado ao nosso mundo. O ar é diferente, a radiação solar é diferente, a terra é diferente, os insetos são diferentes, os sons são diferentes, a vegetação é diferente. Tudo é diferente. [...] Porque a história da evolução é de que a vida escapa a todas as barreiras. A vida se liberta. A vida se expande para novos territórios. [...] Mas a vida encontra um jeito.
Dr. Malcolm - p. 212 e 213

Posso dizer que amei este livro. Eu sempre gostei dos filmes, sendo o meu favorito o último, Jurassic World: Reino Ameaçado (2018). Mas este livro retrata apenas o primeiro filme, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993).

O filme acaba focando mais na parte do perigo dos dinossauros, enquanto o livro, apesar de tambem mostrar esse lado,  tem um enfoque científico e nas questões morais da clonagem, algo que foi colocado no último filme da franquia com maestria. Recomendo o livro a todos os apaixonados por dinossauros, genética, e pela franquia de filmes do Jurassic Park.

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