"O Morro dos Ventos Uivantes é a história inesquecível de um amor que nasceu na infância entre Catherine Earnshaw e Heathcliff, órfão adotado pelo pai da jovem e levado para Wuthering Heights, a propriedade da família. Enquanto Catherine cria laços fortes com Heathcliff, o irmão dela, Hindley, o despreza, tratando-o como um rival. Heathcliff cresce dividido entre o amor por Catherine e a raiva por todas as humilhações às quais é submetido. Uma situação que o obriga a tomar uma decisão que mudará a sua vida. Em meio à violência de uma tempestade de verão, ele abandona Wuthering Heights. Passa os três anos seguintes longe e, durante esse período, Catherine se casa, apesar de seu coração ainda pertencer a Heathcliff. Ao voltar para o seio de sua família adotiva, ele é um homem mais forte e maduro, pronto a impor a seus velhos inimigos uma vingança tirânica, que por anos manteve reprimida. Livre das convenções sociais de seu tempo e com uma intensidade emocional sem precedentes, "O Morro dos Ventos Uivantes" é um romance original e profundamente trágico, que se consagrou como uma das maiores obras da literatura britânica do século XIX. Um grande livro em uma tradução assinada por uma das melhores escritoras brasileiras de todos os tempo, Rachel de Queiroz."
Autora: Emily Brontë
Editora: Lua de Papel
Páginas: 292
Classificação: 2.5/5
Formato da Leitura: Físico
Eu tentei ler esse livro a um ou dois anos atrás, e após chegar a metade, desiti, pois encontrei alguns palavrões e considero inconcebível tais palavras em um livro clássico. Porém, tinha grande curiosidade em descobrir como seria o desfecho da estória, e se os personagens amadureceriam. Portanto, retirei o livro da estante de "abandonados" e reiniciei a leitura.
Os personagens tomam algumas atitudes que são imorais e impulsivas. Ao longo da estória, não consegui me prender a nenhum personagem, me importar com seus destinos. Porém, é como se Catherine e Heathcliff partilhassem a mesma alma. Um amor que não se apagou com a morte. O livro também trata sobre o tema vingança, o que quebra o romantismo do livro. Porém, quando se trata de Heathcliff e Catherine, a vingança é algo que combina com o amor inabalável dos dois.
Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais.O final do livro é tocante, e mesmo não tendo me apegado aos personagens, não pude deixar de me emocionar com esta estória. Eu não classificaria o livro tanto como um romance. Tragédia ou drama se adequam melhor ao conteúdo do livro. A verdade é que a forma como o livro é contado não me agradou: Os acontecimentos são narrados pela governanta dos Earnshaw, Nelly Dean, e ela conta os fatos de acordo com suas opiniões sobre a estória. Já se passaram anos, e o leitor tem que contar com a memória de Nelly, que foi uma mera testemunha, para descobrir o que aconteceu.
Talvez em uma releitura eu consiga dar uma nota maior a este livro, tão amado por leitores de todo o mundo e uma referência da literatura britânica. Eu realmente espero que assim seja. Se eu recomendo o livro? Sim... Apesar da classificação não tão favorável, o livro tem uma boa estória. Poderia ter sido contado de outra forma, mas a autora assim o fez. O foco da estória não são os personagens, mas sim suas atitudes e convicções.