"Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?"

Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Classificação: 4.5/5 ♥
Formato da Leitura: Físico

O livro se passa nos EUA, num ambiente distópico, em um tempo em que o amor foi diagnosticado como uma doença, a deliria nervosa, e o governo passa a oferecer a cura para o "mal" aos jovens quando estes completam 18 anos. A personagem principal, Lena, conhece bem os males da doença, já que sua mãe se suicidou por estar infectada. Tudo o que Lena quer é passar pelo procedimento que eliminará qualquer chance de sofrer por deliria algum dia.

Depois da intervenção cirúrgica, o indivíduo muda seus hábitos: não sofrerá mais, porém não será o mesmo de antes... Seus hobbies e amigos poderão ser alterados drasticamente. Um forte exemplo de como a falta do amor pode afetar a personalidade de alguém é a própria irmã de Lena, Rachel.

Porém, ao longo do livro, Lena começa a descobrir que nem tudo era o que parecia. O governo, por exemplo, a proteção deste também era uma forma de manipulação, ou seja, escondiam a verdade da população. Lena conhece Alex, um garoto que fará Lena descobrir o que é deliria nervosa... E então ela terá de se decidir: Eliminar o amor, ou sofrer por ele?
Instantes, momentos, meros segundos: tão frágeis, lindos e indefesos quanto uma borboleta voando contra o vento forte. p.209
Os personagens são muito bem construídos: Hana, é a melhor amiga de Lena, é rica e tem uma atitude "rebelde" para os padrões de Lena, porém ninguém é apenas o que seu estereótipo determina. Alex é o garoto que mudará a visão de Lena em relação ao mundo em que vivem e por fim a  pequena Gracie. Nenhum personagem parece "jogado", todos tem seu papel definido na trama. A autora terminou o livro com um gancho daqueles para o segundo livro da série!
Você pode construir paredes até o céu, mas eu encontrarei uma maneira de voar por cima delas. pode tentar me prender com cem mil braços, mas eu encontrarei um jeito de resistir. E há muitos de nós por aí, mais do que você imagina. Pessoas que se recusam a deixar de acreditar. Pessoas que se recusam a pôr os pés no chão. Pessoas que amam em um mundo sem muros, pessoas que amam em meio ao ódio, em meio á recusa, com esperança e sem medo. p. 341/342
Mal posso esperar pela sequência do livro, Pandemônio. Recomendo para todos que gostem de distopias e romance.

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